segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Segurando o choro, Marta lamenta fim do time feminino do Santos

Marta durante coletiva do Prêmio Bola de Ouro (Foto: AP)

Brasileira diz não saber mais o que fazer para ajudar sua modalidade no Brasil e afirma ainda não ter definido onde irá atuar em 2012.

Há oito anos Marta viaja a Zurique para participar da premiação de melhor jogadora do ano e sempre com um discurso que ela preferia não ter de repetir mais: a falta de apoio ao futebol feminino no Brasil. Desta vez, a situação ficou ainda mais grave, com o fim do time do Santos, onde a craque atuou por duas temporadas. Ao falar sobre o assunto, Marta teve de se esforçar muito para segurar as lágrimas.
- Fico triste pelo que aconteceu no Santos. Não é positivo para o futebol feminino. Fico triste pelas meninas, que tinham uma vida lá na equipe. Mas tenho esperança de que essa situação possa mudar - afirmou a alagoana, emocionada.
Marta disse ainda não saber mais o que fazer para ajudar no desenvolvimento do futebol feminino em seu país.
- O que posso fazer, eu faço. Da minha parte, procuro fazer tudo o que está ao meu alcance. Mas não depende somente de mim. Vamos buscando espaço aos poucos, mostrando que temos condições, mas isso tem de partir de todos os lados: da imprensa, das TVs, porque com eles se atrai patrocínios, mas também o governo, a confederação... muitas pessoas que podem fazer algo. Há bastante tempo a gente vem cobrando, cobrando, mas as coisas não vem sendo da forma como tem que ser.
Atualmente sem clube, após a conquista do título da liga dos Estados Unidos pelo Gold Pride, Marta disse ainda não ter definido em que equipe irá atuar em 2012. Mas descartou o Brasil.
- Ainda não sei onde vou jogar, estamos negociando, pode ser nos Estados Unidos ou na Europa, que são os lugares onde o futebol está mais desenvolvido e existem bons campeonatos - completou.
Marta concorre pela oitava vez seguida ao prêmio de melhor jogadora do mundo. Terceira colocada em 2004 e segunda em 2005, a brasileira conquistou a premiação nos últimos cinco anos.

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